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domingo, 2 de fevereiro de 2020

Viveiro Beira Rio doa mudas frutíferas para Comunidade Terapêutica


Agência Criativa
David Batista


A Comunidade Terapêutica Novo Horizonte de Siqueira Campos em parceria com o Projeto Criança Feliz de Siqueira Campos, deram início ao projeto que visa à utilização de internos na produção de uma horta e plantio de árvores frutíferas. 

A parceria visa à terapia dos internos, que estão em tratamento por uso de drogas e álcool, no manuseio das atividades, bem como a utilização dos resultados da produção para a manutenção da casa. 

Como o trabalho é filantrópico a equipe tem buscado parceiras para a formação do pomar e encontrou no Balneário da Alemoa o seu primeiro parceiro, o Viveiro de Mudas Beira Rio que fez doação de 60 mudas frutíferas.

A equipe foi recebida pelo proprietário Gentil dos Santos e o filho Marcos Antonio dos Santos, “fico feliz em ter sido procurado para contribuir com um projeto tão importante como este. Vamos estar sempre à disposição e num futuro próximo vamos ver na prática o resultado desse trabalho”, disse Gentil. O pastor Luiz Meira, disse estar sem palavras para agradecer o Gentil pela doação das mudas, “nosso projeto já começa a tomar forma”, disse o pastor. 

Giovani Santos destacou a importância de os internos poderem trabalhar a terra, “sonho nós tínhamos e agora começa a se tornar realidade com a ajuda do senhor Gentil e do Marcos que deixaram seus afazeres para tão bondosamente nos atender”, disse.

O Viveiro Beira Rio que atua no ramo de produção mudas frutíferas, ornamentais e agricultura há 45 anos, está localizado as margens da represa de Chavantes, no Balneário da Alemoa e emprega 12 trabalhadores diretamente e em torno 15 indiretamente na época da preparação das sementes de manga.

A produção do Viveiro Beira Rio atende o mercado brasileiro e já chegou á África com exportação de 40 mil mudas de manga.

sábado, 1 de fevereiro de 2020

O Comércio Exterior e as consequências do efeito “coronavírus”

*João Marcos Andrade
Os efeitos do coronavírus já são sentidos em boa parte do mundo. Além das vidas perdidas, o problema se estende também aos aspectos econômicos. 

As tratativas internacionais de comércio já estão sendo severamente atingidas em um curto espaço de tempo, por conta dos efeitos da globalização no Comércio Internacional. 

Um exemplo é o dos transportes internacionais, uma vez que os critérios de inspeção por órgãos sanitários dos países se acentuam e provocam revisões em procedimentos que há pouco eram tratados como rotina operacional e que agora precisam de novas práticas.

Qualquer negociação com regiões da China — especialmente na região de Wuhan, onde o surto da epidemia se destacou — já passam por processos de revisão, várias delas inclusive, canceladas, promovendo prejuízos e perdas significantes.

No setor dos transportes internacionais de cargas, tanto as companhias aéreas quanto os armadores marítimos já apresentam tarifas mais elevadas para cargas originárias da Ásia, especialmente da China. 

Além disso, por conta do coronavírus, o feriado do ano novo chinês que acabaria no dia 30 de janeiro foi prorrogado para o dia 3 de fevereiro, aumentando a inflação no momento de reservas de espaços em navios ou aeronaves em decorrência do acúmulo de cargas. 

Por tudo isso, o momento demanda maior esforço e energia de trabalho em todos os setores envolvidos que dependam de matérias-primas, ou mesmo produtos acabados, de origem do maior país asiático.

A cidade do “epicentro” do vírus concentra aproximadamente 230 das 500 maiores indústrias da China, o que naturalmente causa efeitos devastadores no fornecimento de materiais, pois as empresas que dependem de recursos de produção daquela região já estão sendo obrigadas a reformularem seus PCP’s (Planejamento e Controle da Produção), justamente pelos atrasos nos embarques.

Há incerteza quanto à volta e normalização das práticas logísticas, anteriormente tão comuns e ajustadas. 

O fato é que as bolsas de valores já sentem impactos muito pesados. A Bovespa, por exemplo, já operava em queda acentuada desde o dia 28 de janeiro. 

Porém, dois dias depois, segundo o Jornal Valor Econômico, já apresentava recuo de 2,12% em seu índice, descendo a 112.941 pontos e, claro, alavancando desconforto e gerando incertezas no mercado financeiro — fator nada salutar ao mercado em geral.

O câmbio também apresenta efeitos temerários com índices que podem alcançar a maior alta de cotação do real frente ao dólar americano na história, pois no dia 30, por volta das 12h50, a moeda americana operava em alta de 1,13%, cotada a R$ 4,2670. Pouco antes, no entanto, já havia alcançado R$ 4,2705 (dados também obtidos na edição on-line do Jornal Valor Econômico de 30/01/20).

A Anvisa adotou procedimentos padrões em casos de qualquer suspeita do vírus em tripulação de navios ou aeronaves vindas da China, com rigor bem elevado, inclusive impedindo ou paralisando as operações de navios para evitar qualquer propagação do vírus em casos de confirmação de sua presença em membros da tripulação.

As expectativas são de que o vírus seja contido o mais breve possível, tanto para estancar o terrível números de vítimas fatais — que já passam de 170, segundo o Jornal Valor Econômico — quanto para manifestar segurança à população mais afetada e a certeza de que todos os esforços são válidos para que o vírus seja exterminado, ou diminuído ao máximo, no menor tempo possível.

*
João Marcos Andrade é professor de Comércio Exterior e Global Trading no Centro Universitário Internacional Uninter.